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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O PECADO DA COBIÇA


Um desejo forte, constante e insaciável.
Existe o desejo legítimo e a cobiça.  O primeiro refere-se ao suprimento das necessidades e, em alguns casos, um pouco mais, atingindo o nível do conforto. O segundo vai muito além, alcança o excesso e avança rumo ao proibido. Mas onde está a exata fronteira entre uma e outra coisa?  Precisamos de sabedoria para encontrar a resposta. É difícil dizer em que ponto o desejo correto se transforma em cobiça, assim como não podemos determinar com certeza a exata quantidade de comida que alguém precisa consumir. 
Apesar da dificuldade, podemos citar alguns parâmetros de verificação.
Primeiro: Cada indivíduo é capaz de reconhecer que a sua necessidade foi suprida e seu apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se cobiça.
Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não te fartes dele, e venhas a vomitar” (Pv 25.16).
Segundo: A tolerância que o indivíduo tem consigo mesmo pode mascarar a cobiça. Portanto, é preciso observar o ensinamento bíblico em relação ao que desejamos.
Deus estabeleceu limites: Adão poderia comer do fruto de todas as árvores, exceto uma (Gn 2.16-17). Quando desejamos o que Deus proibiu, está caracterizada a cobiça.
O décimo mandamento assevera: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17).  Portanto, o direito do outro é um dos nossos limites. Se esse mandamento não fosse obedecido, a consequência poderia ser a transgressão de outros, tais como “Não adulterarás”, “Não furtarás” e “Não matarás”.
Portanto, a proibição da cobiça atinge um mal interior que é a raiz de muitos males exteriores.
A história de Acabe ilustra bem o conceito. Aquele rei possuía riqueza e todo tipo de bens materiais, mas dirigiu seus olhos e sua cobiça à vinha de Nabote, seu vizinho. Seu desejo incontido desencadeou uma série de pecados: abuso de autoridade, acusação, falso testemunho, homicídio e roubo (1Rs 21).

A COBIÇA É INSACIÁVEL
“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam; sim, quatro que nunca dizem basta: o Seol, a madre estéril, a terra que não se farta d'água, e o fogo que nunca diz basta” (Pv 30.15-16).
“Todo o trabalho do homem é para a sua boca, contudo nada satisfaz a sua cobiça” (Ec 6.7).
A gula é confundida com fome e apetite. Confunde-se luxúria com amor. A cobiça se parece com uma natural necessidade de crescimento e conquista, mas sua principal  característica é ser insaciável. Nada é capaz de satisfazê-la. Por isso, o homem se lança aos excessos.  Tal comportamento pode parecer fruto de uma forte motivação para o trabalho. Então, o indivíduo deixa de ter tempo para a família e para Deus, pois precisa atender às suas ambições materiais que lhe parecem legítimas, sobretudo no contexto capitalista atual, onde a essência do marketing consiste em criar necessidades e estimular desejos sem fim. O consumismo é a religião dos tempos modernos.
Tudo isso pode levar a muitas conquistas e um sintoma visível desse tipo de situação é o caso do indivíduo que adquiriu muito mais do que é capaz de usufruir. Ter muitos terrenos, casas e carros, pode ser um exemplo (a não ser para quem trabalha com veículos ou imóveis, ou tenha um propósito justo para suas posses). Possuir latifúndios improdutivos é pecado. Alguns ambiciosos tornam-se megalomaníacos e o seu prazer está em superar o seu semelhante.
“Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra! A meus ouvidos disse o Senhor dos exércitos: Em verdade, muitas casas ficarão desertas, e até casas grandes e lindas sem moradores.” (Is 5.8-9).
A história nos mostra que grandes conquistadores tiveram amargo fim. Alexandre Magno conquistou tudo, mas morreu cedo, aos 33 anos, vítima da malária. Não teve o prazer de ser pai, perdeu todos os bens adquiridos, deixando o Império Grego para os seus generais. “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”  (Mc 8.36).
A cobiça pode levar à riqueza. Depois que o homem enriquece, ele se vê no direito de cobiçar muito mais e esse pecado encontra mais espaço e recursos para crescer e multiplicar. Contudo, o pobre não está livre da cobiça. É verdade que, nas questões materiais, ele pode padecer necessidades e o seu desejo é, muitas vezes, legítimo e natural, mas a cobiça pode funcionar com pouco ou nenhum dinheiro afetando, por exemplo, a vida sexual.
O desejo de Deus é que, por meio do evangelho, nos libertemos desse e de outros pecados. Quando oramos com sinceridade, dizendo “seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”, então nos rendemos aos soberanos desígnios do Pai celestial, certos de que Ele suprirá todas as nossas necessidades.

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